A psiquiatria e o alecrim!

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Esta é minha primeira publicação no blog e entendo que cabe uma apresentação.

Eu acredito que para um indivíduo se dispor à transformação de qualquer aspecto em sua vida, especialmente quando solicita uma ajuda profissional, precisa exercitar coragem.

A coragem é uma virtude central e também uma força de caráter e se faz necessária em cada etapa de um processo terapêutico: escolher se tratar, definir um profissional ainda desconhecido, comparecer à consulta carregando uma longa bagagem de emoções, sensações corporais, memórias e pensamentos por vezes nunca verbalizados, sentar-se só e revelar ao então estranho a versão de você que gostaria de receber colaboração para editar.

Comprometer-se com uma vida desafiadora, estimulante, com significado, senso de propósito, realizações sonhadas e relacionamentos íntimos saudáveis é corajoso.

Manter-se comprometido com a vida mesmo quando em profundo sofrimento, com medo paralisante, triste, isolado, desanimado, improdutivo, sem prazer, sem desejo e sem motivação é ainda mais corajoso. Revelar-se a alguém com todas essas faltas para procurar solução também.

Não consigo pensar em um tratamento de saúde mental genuíno e eficaz sem coragem, nem pela perspectiva do paciente, nem do profissional.

É por simbolizar a coragem que a flor do alecrim está na abertura desse site.

Uma flor não muito conhecida, porque o alecrim nem sempre floresce, é delicada, mas imponente, tem bordas irregulares e um formato que me lembra borboleta, ou um pássaro em voo. Os galhos e folhas são firmes, regulares, armados, bem sustentados e aromáticos.

A planta toda, com a solidez dos galhos e folhas e com a delicadeza única das flores, representa alegria. Encontro todas essas características também na constituição complexa do indivíduo e durante sua lapidação.

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Que possamos compor nossa vida com coragem e alegria!